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quarta-feira, 18 de maio de 2011

nova descoberta contra a calvice

Descoberta genética pode levar a novo tratamento contra calvície

Michael Kahn
De Londres

Arquivo Folha Imagem
A nova descoberta pode levar à produção de remédios mais efetivos contra a queda de cabelos
A nova descoberta pode levar à produção de remédios mais efetivos contra a queda de cabelos

A descoberta por pesquisadores de um gene relacionado com a queda de cabelos pode levar ao desenvolvimento de novos remédios para combater a calvície.

O gene é responsável por uma rara forma hereditária de calvície chamada hipotricose simples, uma doença que afeta uma pessoa a cada 200 mil e em que o doente começa a ficar careca já na infância, disseram os cientistas em um artigo publicado na revista "Nature Genetics".

"Há uma boa chance de, com base nessas descobertas, criarmos uma terapia para combater a queda de cabelo", afirmou a coordenadora da pesquisa, Regina Bertz, do Instituto de Genética Humana, em uma entrevista concedida por telefone, nesta segunda-feira.

Atualmente, há no mercado os remédios Propecia, da Merck, e o Rogaine, da Pfizer, para combater a calvície. Esses medicamentos ajudam as pessoas a preservar seu cabelo, mas não incentivam o aparecimento de novos folículos capilares.

Analisando amostras de DNA de 11 membros de uma família da Arábia Saudita que apresenta a rara doença, os pesquisadores descobriram que uma mutação no gene P2Y5 evitava a formação adequada de proteínas chamadas receptores de crescimento nos folículos capilares,.

Isso significa que o elemento necessário para estimular o crescimento dos cabelos não conseguia aderir aos receptores dos folículos, o que explicaria a perda de cabelo, afirmaram os cientistas.

A descoberta pode propiciar a fabricação de remédios que atuem sobre essas proteínas, fazendo com que aumente o número de cabelos, acrescentaram.

"Agora, podemos buscar, de forma seletiva, substâncias relacionadas que seriam usadas em tratamentos contra a calvície", disse em um comunicado Ivon von Kugelgen, que trabalhou na pesquisa no Instituto de Farmacologia e Toxicologia em Bonn, na Alemanha.

"Estamos empolgados com a possibilidade de tais medicamentos beneficiarem pacientes que apresentam vários tipos diferentes de calvície."

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